Mobilidade urbana: os desafios para idosos e deficientes
De forma bem resumida, a mobilidade urbana é a condição de deslocamento de um lugar a outro dentro de uma cidade. Essa mobilidade sempre foi um grande desafio, principalmente para os idosos e pessoas com alguma dificuldade de locomoção.
O direito de ir e vir é um direito constitucional, mas a partir do momento em que as ruas, transportes e espaços públicos não oferecem as garantias necessárias à utilização dos serviços, há um obstáculo nesse direito à mobilidade urbana.
Mobilidade urbana e os idosos
As quedas são consideradas um problema de saúde pública. Com o avançar da idade, o desgaste natural do corpo começa a ser percebido e o resultado é a perda da mobilidade e do equilíbrio.
O risco de cair é uma realidade na população idosa, porém a queda é muito perigosa, uma vez que pode ter como resultado uma restrição de atividades do cotidiano, fraturas, hospitalizações e até óbito.
Muitos desses acidentes poderiam ser evitados se houvesse uma preocupação em se pensar na mobilidade urbana.
Calçadas esburacadas, falta de sinalização, árvores com raízes que ocupam o passeio são apenas alguns dos problemas que os idosos encontram pelo caminho.
O medo de sofrer um acidente na rua faz com que o idoso fique mais tempo dentro de casa. O que leva a outros problemas como a falta de independência, do convívio social, o que pode desencadear uma depressão.
Aqui no blog já falamos sobre os benefícios do yoga para auxiliar no equilíbrio e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.
Mobilidade urbana e os deficiêntes
Segundo o último levantamento do IBGE, quase 46 milhões de brasileiros tem algum grau de deficiencia. Apesar de representar cerca de 24% da população, esse grupo é muito prejudicado com a falta de políticas públicas que pensem na mobilidade urbana.
O que esse grupo busca, normalmente, é ser independente e viver a sua vida como todas as outras pessoas. Mas, a partir do momento em que um cadeirante não consegue utilizar um transporte público por falta de rampas e elevadores, ou um deficiente visual não tem sinalização sonora na cidade para o auxiliar, o direito de ir e vir dessas pessoas também é violado.
Quais as soluções urbanas?
A solução ainda pode parecer distante mas o primeiro passo é a sociedade cobrar das pessoas responsáveis para que elas aconteçam.
Algumas dessas medidas são:
- Aumentar o acesso aos transportes públicos, como colocação e manutenção de elevadores em estações de metrô e nos ônibus;
- Rampas nas calçadas para atravessar a rua;
- Semáforo com sinalização sonora;
- Sinalização de piso para deficientes visuais;
- Manutenção das calçadas da cidade.
Essas são apenas algumas das soluções entre as diversas que existem e que são extremamente necessárias para a qualidade de vida da população em geral.
Como disse a jornalista e escritora Roberta Zampetti:
“É preciso pensar o seguinte: uma cidade que é boa para o idoso, é boa para todo mundo”.